A Milicia de Santa Maria compreende:
I. Membros sujeitos a toda a observância da Regra, e que formam a Observância;
II. Membros sujeitos a uma observância simplificada, e que formam a Família.
III. Para além destes, há o “Movimento da MSM”, constituído pelo conjunto dos seus simpatizantes. Estas categorias são compostas por leigos e clérigos, religiosos e religiosas.
A Observância compreende leigos, homens e mulheres, padres e diáconos permanentes.
Os membros masculinos leigos são católicos com pelo menos dezoito anos, conforme a lei da Igreja. Após três meses de postulantado, são recebidos no seio da Milicia de Santa Maria para um período de formação de, pelo menos, dois anos. Como período de formação o “freire de armas” termina por um controle de conhecimentos que introduz o candidato no grau seguinte.
Com opinião favorável do capítulo local e por decisão do prior, o “freire de armas” pode ser admitido a pronunciar, por um período de três anos, renovável, por simples recondução, as promessas indissociáveis que se seguem:
A conversão dos costumes, compromisso de viver, em todas as circunstâncias da vida, segundo as leis da cavalaria e a sua Regra;
A fidelidade à MSM, obediência aos chefes da Milicia de Santa Maria nos limites das constituições e diretórios, e o dever de entre ajuda fraterna entre todos os seus membros;
A defesa da Santa Igreja, compromisso especial de defender a Igreja, a sua fé, a sua hierarquia, as suas instituições e os seus direitos, mesmo com risco da própria vida, e de responder a todo o apelo do Sumo Pontífice para levar a cabo esta missão, mesmo perigosa e difícil, que Sua Santidade se dignar confiar-lhe;
Torna-se então “escudeiro-donato”, membro maior da Milicia de Santa Maria.
Depois de ter ouvido os pareceres do capítulo de honra local, do preceptor e do prior, o mestre pode admitir à profissão e “Benedictio Novi Militis” todo o “escudeiro-donato” que julgue digno de ser cavaleiro (Regra, Cap. II), e que tenha pelo menos três anos de antiguidade como “donato”.
Dado o carácter masculino da vocação cavaleiresca, os cargos hierárquicos da MSM (mestre, prior, preceptor) são reservados aos cavaleiros, podendo o cargo de preceptor ser confiado a um “escudeiro-donato”. O mestre e os priores não podem exercer um cargo de direcção em partidos políticos (Can. 317, Par. 4). O Mestre é eleito pelos Cavaleiros professos e exerce o magistério por um período de sete anos, os priores são eleitos pelos cavaleiros professos de um país. Os preceptores são nomeados pelo Mestre.
Os sacerdotes e diáconos permanentes que desejem agregar-se mais estreitamente à Milicia de Santa Maria entrando na Observância são recebidos como capelães ou diáconos de obediência, ressalvando os direitos dos Ordinários ou superiores religiosos.
As esposas ou viúvas dos membros leigos ou diáconos permanentes da Observância podem ser recebidas como irmãs, ou damas, segundo o estado do seu marido na Observância. Elas podem dirigir ou animar as fraternidades ou secções especializadas e tomar parte em todas as actividades da Milicia de Santa Maria.
As filhas de maior idade dos membros leigos podem ser recebidas como irmãs.
Os membros da Observância, celibatários, viúvos ou viúvas, que queiram consagrar a totalidade da sua vida a Deus e ao serviço da Milicia de Santa Maria podem ser admitidos a fazer em privado os votos anuais e renováveis de pobreza, castidade e obediência. Ficam então à disposição do Magistério da Milicia de Santa Maria para toda a missão.
Os membros leigos masculinos da Observância são obrigados às seguintes observâncias da regra:
Todos os dias:
Pelo menos uma hora litúrgica do ofício dos cavaleiros de Nossa Senhora;
Um tempo de oração silenciosa.
Cada semana:
Participação, além dos domingos, pelo menos uma vez, no Santo Sacrifício da Missa;
Meditação dos quinze mistérios do rosário;
A “lectio divina” (leitura meditada e rezada da Sagrada Escritura);
Leitura meditada duma passagem da Regra.
Cada mês:
Assistência ao capítulo do preceptorado.
No decurso do ano:
Missa e comunhão por ocasião da festa solene da MSM (Assunção de Nossa Senhora, 15 de Agosto) e das suas cinco festas maiores: Cristo Rei (último domingo do tempo comum), Sagrado Coração de Jesus (sexta-feira após o 2º domingo depois do Pentecostes), Imaculada Conceição (8 de Dezembro), S. Miguel Arcanjo (29 de Setembro), Natividade de S. João Baptista (24 de Junho).
O estudo necessário à formação doutrinal permanente;
A participação nas actividades da MSM;
Um retiro fechado, pelo menos de três dias;
A assistência ao capítulo anual (prioral ou geral);
As irmãs e as damas assumem todas ou parte das observâncias acima descritas.
O Corpo espiritual dos Orantes de Nossa Senhora, composto de sacerdotes, religiosos, religiosas, comunidades, doentes e deficientes; o seu papel é de fecundar espiritualmente a acção da Milicia de Santa Maria.
Os sacerdotes e os diáconos permanentes que oferecem o concurso do seu ministério à Milicia de Santa Maria sem se agregarem à observância são membros da Família com o título de capelães ou diáconos de devoção.
O movimento da Milicia de Santa Maria é formado em primeiro lugar por todos os que fazem parte das associações por ela animadas, ou trazem a estas o seu sustento moral ou material.
Em segundo lugar por todos os que se declaram ou se sentem de acordo com a MSM: simpatizantes, leitores das suas publicações, etc.
A Milicia de Santa Maria, rege-se pelos seus Estatutos, pela Constituição e pelo seu directório espiritual, a Regra.
Os membros leigos da Observância usam nas suas reuniões mensais – os Capítulos – em algumas cerimónias religiosas, como procissões, um hábito constituído por sapatos e meias pretas, calças cinzentas escuras, por uma camisa cinza com um pequeno escudo com a cruz da Milicia de Santa Maria sobre o braço esquerdo e por uma cota, espécie de escapuliário com capuz, cinzento escuro com uma cruz do mesmo tecido no peito que nos cavaleiros é azul. Estes revestem um manto branco com uma cruz sobre o braço esquerdo. Os escudeiros – donatos usam o manto cinzento-escuro com uma cruz do mesmo tecido sobre o braço esquerdo.
A cruz da Milicia de Santa Maria é o seu símbolo maior, tem os braços ligeiramente abertos e recurvados simbolizando as bem aventuranças.
A Milicia de Santa Maria é responsável por vários movimentos e organizações no âmbito do serviço à Fé e aos Pobres. Edita os boletins: “La Vie de l’Ordre”, do Priorado de França, “Miles”, da responsabilidade de Portugal e “The Knights of Our Lady” da Grã-Bretanha.
São obras próprias fundamentais: “Cavalaria de Ontem e de Hoje” (edição francesa) do seu fundador e “Princípios para uma nova Cavalaria” D. Lafond.
“O Cavaleiro honra e protege os pobres, os fracos e os deserdados”